terça-feira, 14 de junho de 2011

The importance of being Earnest


ais de um ano depois da primeira tentativa de começar esse blog, eu retorno ao trabalho. Talvez não tenha sido o momento mais oportuno para começar minha cruzada literária ( mudança para um outro país, todos as dificuldades inicias, adaptação, etc, etc, etc). Entretanto me sinto agora preparado para retomar meu posto de redator do Arte Vinhos e Pernas pro Ar ( apesar de, ultimamente, ter tanto trabalho que só me resta tempo para Arte e o Vinho, lógico)

Meu novo objeto de desejo ( "Os livros são objetos transcendentes, mas podemos amá-los de um amor táctil que votamos aos maços de cigarro" C. Veloso) é uma peça de Oscar Wild chamada The importance of being Earnest ( sim, sim, continuo fascinado por Wilde e assuguro que não me esqueci do Retrato de Dorian Grey... ele aparecerá por aqui mais cedo os mais tarde).

Antes de começar a tecer minhas impressões sobre essa peça quero resguardar meu direito de fazer as citaçãos no idioma original (phyno). Apesar de trabalhar com tradução, ainda estou muito aquém da tarefa de traduzir Wilde. Ainda assim, posso fazer alguma tradução livre de partes que me pareçam conveniente de transportá-las ao português ( o blog é meu e faço o que eu quiser, tá?)

Eu também decidi comentar o livro à medida que o vou lendo. Não vou esperar até o fim do livro, pois acho que dessa forma eu serei mais espontâneo nos meus comentários. Eu pretendo usar esse procedimento nos futuros livros também. Assim, eu abrirei um post principal pra cada obra e nos comentários do post eu prosseguirei com meu registro.

Esta obra já é interessante desde o título : The importance of being earnest. Earnest é o nome do protagonista da peça. Mas earnest também significa honesto em inglês, portanto não podemos saber se Wild queria expressar a importância de ser honesto ou a importância do personagem ser ele mesmo... essa é uma questão que se revela logo no início da peça quando Earnest confessa ao seu amigo Algernon ( um cínico que, ao meu ver, bem poderia ter sido Lorde Henry quando mais novo - espero ansioso pelo que Algernon fará) que seu nome verdadeiro é Jack e que Earnest é um alterego criado por ele. Ele é Jack quando está no interior, junto da tia cuja guarda ele possui (ele foi adotado e, com a morte de seu pai adotivo, ele tornou-se tutor da irmã mais nova de seu pai.. sua tia) e Ele é Earnest em Londres... para sua tia, Earnest é um irmão mais novo que ele vem visitar sempre na capital e que se mete sempre em enrascada.. assim, ele tem a desculpa para se afastar de suas obrigações no interior e poder ir para a cidade.

diante dessa revelação, o cínico Algernon já sai com uma frase deliciosamente wildeiana ( se posso usar tal palavra).

JACK. My dear Algy, I don't know whether you will be able to understand my real motives. You are hardly serious enough. When one is placed in the position of guardian, one has to adopt a very high moral tone on all subjects. It's one's duty to do so. And as a high moral tone can hardly be said to conduce very much to either one's health or one's happiness, in order to get up to town I have always pretended to have a younger brother of the name of Ernest, who lives in the Albany, and gets into the most dreadful scrapes. That, my dear Algy, is the whole truth pure and simple.
ALGERNON. The truth is rarely pure and never simple. Modern life would be very tedious if it were either, and modern literature a complete impossibility!


Os motivos de Jack para inventar esse personagem também não são dos melhores... Ele precisa de um alterego para que ele possa viver uma vida de brincadeiras na capital. enquanto Jack is placed in the position of guardian, one(Jack) has to adopt a very high moral tone on all subjects. It's one(Jack)'s duty to do so. Entretanto a high moral tone can hardly be said to conduce very much to either one's health or one's happiness e por isso Earnest existe.

Claro que isso não é surpresa para Algernon, já que ele próprio possui um amigo inventado para justificar suas idas ao interior (Bunbury, Inglaterra).

Não posso esquecer de dizer que toda esta conversa sobre amigos e irmãos inventados surgem quando Jack diz que quer pedir a mão da prima mais nova de Algernon em casamento e este diz que não permitirá enquanto ele não explicar quem é Cecily ( a tia de Jack), cujo nome ele viu numa dedicatória dentro de sua "case" de cigarros. Eu não sei se essa case de cigarros ainda vai ter importância na história.. talvez ela ainda entregue o seu dono em outras situações.

Pouco tempo depois, entram em cena Gwnedolen, a prima de Algeron, e sua mãe, Lady Bracknell

LADY BRACKNELL. Good afternoon, dear Algernon, I hope you are behaving very well.
ALGERNON. I'm feeling very well, Aunt Augusta.
LADY BRACKNELL. That's not quite the same thing. In fact the two things rarely go together.
( boa.. kkkkkkkkkkkk)

estou ansioso para continuar a leitura

Guerreiros de Terracota


No dia 29 de maio rolou aqui em Montreal uma journée des musées onde todos os museus da cidade estavam com entradas grátis. como cultura grátis é coisa boa de se consumir ( e digo que aqui em montreal o menu é recheado e a qualidade, suprema) corri pra enfrentar a fila de dois quarteirões e uma esquina que se formava diante do museu de belas artes de Montreal (www.mbam.qc.ca/fr/index.html). além das exposições regulares do museu, estavam em exposição os Guerreiros do Primeiro imperador da China (www.mbam.qc.ca/empereurdechine/index.html). Impressionante o trabalho feito há tantos milênios e sobrevivendo até hoje. a quantidade de guerreiros de barro achados é impressionante e os arqueológos nem chegaram a terminar as escavações nas câmaras onde eles se encontram. um grande exército para proteger seu imperador depois da morte. além dos guerreiros, a exposição contava com reliquias em ouro, bronze, outros metais, jade e argila de alguma dinastias chinesas muito antigas.